Procura pela estética bucal esconde riscos para a saúde

É incorreto dizer que, quanto mais brancos, mais saudáveis serão os dentes. Dente não tem cor. Quem confere a tonalidade a ele é a dentina, segundo definição, o marfim dos dentes, que circunda a polpa dentária e está recoberto por esmalte, uma espécie de cristal transparente.

Porém são poucos os que têm consciência disso, afinal, as mais belas celebridades possuem uma dentição digna de ter sido conseguida não com pastas de dente, mas com sabão em pó, de tão branca. Pensando assim, clareá-los é tentador, mas pode ser uma tarefa desastrosa, que deve ser feita no consultório, e não com técnicas caseiras.

Para a estudante de rádio e TV, Fernanda Rolim, 22 anos, a aparência, em sua profissão, é fundamental. Mesmo já tendo dentes claros por natureza ela, uma perfeccionista confessa, clareou-os mais “por vaidade mesmo”. “O povo quer ver gente bonita na TV, que transmita saúde e beleza”, afirma Fernanda, cujos cuidados bucais vão além da estética: “Vou ao dentista regularmente, pois a manutenção é essencial”.

Prevenção

Caso à parte na higienização bucal, os colutórios, conhecidos como enxaguantes ou anti-sépticos bucais, também devem ser consumidos com cautela, principalmente os à base de clorexidina, substância que mata 98% das bactérias da boca – incluindo aí as benéficas.

Durante seu uso, segundo o Dr. Eurides, é comum a pessoa perder o paladar e ainda ter os dentes escurecidos. “É um produto indicado somente em casos de doença periodontal , cirurgias periodentais e cirurgias de siso, e ainda por um tempo determinado, mas que são vendidos livremente.”